Na França, após de Napoleão, em 1814, foi restaurada a monarquia. Subiu ao trono a dinastia dos Bourbon, com Luís XVIII (seu tio foi Luís XVI, decapitado em 1793). Ele só pôde tomar posse, entretanto, depois de se comprometer a respeitar os princípios liberais estabelecidos por uma nova Constituição. Esta definia, por exemplo, a existência da Câmara de Deputados e determinava a liberdade de imprensa, de culto e de opinião. com isso, a sociedade francesa rejeitava a volta do absolutismo e consagrava uma monarquia constitucional.
Contudo,durante esse período - até 1848, pelo menos -, houve o confronto político entre os realistas e ultrarrealistas e os liberais. os dois primeiros grupos defendiam o fortalecimento do poder real, entretanto constantemente em choque com a representação liberal no Parlamento. Em 1824, após a morte de Luís XVII, seu irmão, Carlos X, assumiu o trono.
A tensão entre os setores liberais e realistas continuou, em 1830, Carlos X elaborou decretos que estabeleciam censura rigorosa a jornais, revistas e panfletos políticos. Restringiu o direito de voto a uma minoria, dissolveu a Câmara e convocou novas eleições. Dessa vez, os protestos espalharam-se entre os trabalhadores franceses e um grande número de desempregados na cidade de Paris.
Com a multidão nas ruas exigindo a revogação dos decretos, redigiu-se um manifesto contra a tirania, sob a liderança de alguns deputados, jornalistas e advogados.No dia 26 de julho de 1830, várias categorias de trabalhadores organizaram passeatas contra as decisões reais. Somou-se a eles a população, desconte com a crise econômica. esta se prolongava desde 1825, quando as más colheitas e o inverno rigoroso fizeram muitos trabalhadores trocarem o campo pela cidade, em busca de melhores condições de sobrevivência.
havia milhares de desempregados e miseráveis na capital francesa em 1830. nos dias seguintes a 26 de julho, houve invasões em lojas de armas, construção de barricadas, e varias manifestações publicas reuniram multidões. foram tomados alguns importantes edifícios públicos, como a câmara municipal e a catedral de Notre-Dame. Quando a turba invadiu o Palácio das Tulherias, símbolo do poder real, Carlos X recuou e anulou os decretos. Mesmo assim, os protestos continuaram exigindo a queda do rei, que renunciou em 1° de agosto.
abdicação de Carlos X até 1849, a França foi governada por Luís Felipe, antigo duque de Orleans. uma conciliação. A Constituição foi reformada, as prerrogativas liberais, retomadas e as liberdades civis, restituídas. No entanto, ampliou-se a repressão ao movimento operário e aos artesãos, que começavam a constituir uma nova força política.
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